Luzes alucinantes.
De forma impetuosa,
Contradições emergem.
No exaustor vibrátil
Sinto-me nula e pobre.
Desculpo-me,
Em entraves
De palavras supérfluas
Brotadas de sua boca perfeita.
Luzes alucinantes
Descontrolam
Em minutos rápidos
A minha existência
E me consomem.
As estradas passam
Desesperadamente.
Os sons das buzinas
Implorando passagem,
Ecoam insistentemente.
A distância se reproduz.
Perdi a voz.
Deixei de ouvir,
Cada vez mais
Estou chegando
Perto do nada,
Vazio indiscutível.
As luzes alucinantes
Incidem sobre os meus olhos.
Mais e Mais.
Em instantes atômicos
Tudo se reduz.
*publicado no livro Outra vez um novo amor,
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