Luzes alucinantes.

De forma impetuosa,

Contradições emergem.

No exaustor vibrátil

Sinto-me nula e pobre.

Desculpo-me,

Em entraves

De palavras supérfluas

Brotadas de sua boca perfeita.

Luzes alucinantes

Descontrolam

Em minutos rápidos

A minha existência

E me consomem.

As estradas passam

Desesperadamente.

Os sons das buzinas

Implorando passagem,

Ecoam insistentemente.

A distância se reproduz.

Perdi a voz.

Deixei de ouvir,

Cada vez mais

Estou chegando

Perto do nada,

Vazio indiscutível.

As luzes alucinantes

Incidem sobre os meus olhos.

Mais e Mais.

Em instantes atômicos

Tudo se reduz.

*publicado no livro Outra vez um novo amor,

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Vera Mattos
Enviado por Vera Mattos em 25/07/2008
Reeditado em 27/07/2008
Código do texto: T1097904
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