Anjos sem alma!
O sangue escorreu rapidamente pelo corte aberto;
O sorriso do outro sarcasticamente sincero;
O medo no olhar contrastando com a passividade do rosto;
Confronto de morte sobre o céu de agosto!
Os motivos já haviam esquecido;
Qualquer coisa banal sem importância;
São bravos! Da coragem fazem alarido;
Em que esquina perderam a infância?
Velhas crianças da urbe atroz!
Anjos perdidos vagando sem alma!
Seres amorais sem culpa e sem lei;
Abraçam a vida e acompanham a grei.