CORAÇÃO ITABIRANO
CORAÇÃO ITABIRANO
De minha avó diamantinense
herdei o gosto de escrever
De meu pai de Diamantina,
o amor pela música
De minha mãe de Itabira,
a calma que todos invejam,
a aceitação das coisas imutáveis,
a paciência, o gênio caseiro...
Mas este orgulho,
esta vontade de ferro,
Esta fortaleza que não se verga,
não se dobra e não cai,
Não sei de quem teria herdado:
Da avó não foi, nem do pai, sequer da mãe...
Seria daquela árvore frondosa
Que abrigava os meus sonhos de menina,
E cuja perpetuidade os vendavais
Não conseguiram tirar da pracinha
E lá vicejava enorme, florida,
Ao lado do “coqueiro do Batistinha” ?
Ou do ferro
Que inunda minha alma,
Meu ser, minha vida,
Meus sonhos, meu tudo,
Corre em minhas veias
E circula orgulhoso em meu coração itabirano?