RECUSO-ME

Recuso-me a deglutir esse vil fel que forçam descer

em meus lábios sedentos de amor e não de ódio

Recuso-me a viver no meio dessa torpidez,

dessas máscaras fétidas que nada querem ver

a não ser a sua própria destruição

seus rotos rostos dilacerados por chagas malditas

de um mundo onde o desamor ainda impera

e quer governar pelo lado sinistro do abandono

de sua mais sagrada essência.

Afasto-me lento , mas levando a minha postura

de guerreira que sou e não do que dizem e tentam

massacrar , mesmo sabendo que nunca irão conseguir destruir essa

força nata que trago nas veias e que sempre clamou pela paz e justiça

social,

pela união de todos os povos, independente de raça, cor e credo..

Nunca conseguirão me vergar nem com o maior desprezo que possa existir

nesse mundo caótico, principalmente nesse virtual onde´torna se

fácil o não mostrar a tua verdadeira face e se esconder detrás

de telas e nomes falsos.

Nada e nem ninguém irá calar minha boca, pois nasci livre e das matas

sou, sou o caboclo que grita e assovia aos ventos clamando pela justiça,

pela Mãe Terra que nos abençoe , mesmo estando dilacerada também

por mãos humanas.

Calar.... nunca calarei diante nada e que todas as portas se fecham. sempre

existira uma abertura que é a porta verdadeira, onde pessoas de quilate e

personalidade forte e guerreiras carregam suas bandeiras e caminham em busca

dessa tão sonhada paz que sei que existe dentro de cada ser, pois somos

essência divina, mas seres ignorados, transitando nas trevas por ser mais

fácil o deambular.

Vergar... nunca jamais....

Calar.... nem que tirem e lacrem minha boca, minhas mãos serão sempre

livres para dizer o que minha alma canta.

Se as amarras me sufocarem um gemido suave e lento falará por mim e a

expressão dos olhos dirá do amor que trago e que poucos ou quase

ninguém percebeu e que aqui quis caminhar alguém que só queria

mostrar o amor.

Só uma coisa a dizer.... façam o que quiserem, nunca conseguirão

me atingir, pois minha carcaça é diferente.... é uma pele

cansada e acostumada a ser dilacerada pelos acoites dessa humanidade que

não se envergonha de se rotularem HUMANOS.

Namastê

zelisa camargo

ZEL
Enviado por ZEL em 02/01/2005
Código do texto: T1094