Furnas que te quis eterno
Eu brincava com o ar
lhe dava cor com fumaça
lhe emprestava o cheiro do lar
e o barrava com a vidraça.
A água, a vida densa
Era a diversão pra toda hora
Em nosso mar, Furnas, que presença!
Qual criança não lhe adora?
Fogo era proibido, moço
Só com pai ou mãe por perto
Mas é tão lindo, inda era misterioso
Mas sozinho, eu que não fosse esperto...
Rochas que me eram chão de maravilha
Mas se ar não era pra refrescar
entre as águas e onde o sol urgia
Queimando os pés, respirava fundo, e me punha a nadar...