ARREBATAMENTO

ARREBATAMENTO

Ser amada incondicionalmente

Sem cerimônia, mansamente, se entregar

É, na verdade, o maior presente

Que algum anjo ousa providenciar

E na reserva de tão doce intimidade

Deixar fluir, naturalmente, a empatia

Preparando em meio à cumplicidade

O doce enlevo que provém da poesia

Neste idílio esgotar toda brandura

Que une e atiça a vontade

Pois há que se viver essa loucura

Na cor escura da posse que é solene

Apontando a direção da eternidade

A liberdade deste amor perene

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 07/02/2006
Código do texto: T109142