Pelo costume de errar
Tenho me perdido em meus próprios passos,
tropeçando em mim, me perco assim.
E me perco de ti.
Então me vejo aqui.
Solitário, lapidando o sofrimento.
Eterno tormento
de quem erra por costume de errar.
Num eterno tropeçar
lamentar, levantar
magoar.
Vejo lágrimas correrem
sem se atreverem a parar.
Sinto cada uma me queimar
mas não consigo mudar
o meu modo de amar.
Lágrimas profusas,
confusas.
Que teimam em rolar,
como querendo mostrar
cada erro que eu cometi.
Mas cada erro eu ví,
e mesmo assim, cometi.
Pelo costume de errar.