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Despir-me.

Sentir-me violado pela visão

percorrendo a timidez sem véu.

Preparar o corpo para nele ser escrito a poesia.

Sangue, suor, dor, tinta, tatuagem.

Recitar meu corpo no toque e no paladar.

Por fim, com a adaga,

despedaçar-me.

Servir a poesia no jantar

para aqueles que não se contentam com a poesia e querem o poeta.

--Sou eu, tua comida, que chego!