Não sei teu nome,

Chamo-te estranho.

Porém recordo-me,
Era eu presente, naquela casa.

Com muitas portas, enormes salas...

Eram meus passos que te alcançavam

Eram teus braços que me pegavam.

Minhas vestes em marinho e branco.

As rendas... O camafeu destoavam em futuro.

Camisa branca...  Música, nas costas...

Rústico, adorável.

Um toque real,  na voz grave...

Vento em dó...
Levou aos poucos tua imagem.

Ignoro, quanto tempo...

Mas sei que já era tua...

Depois daquele beijo.

                                                    01/12/99     




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