O CARRETEIRO

Segue estrada fora o carreteiro,

levando o progresso do seu país.

Tem na distância o seu destino,

onde bem sabe, não pode criar raiz.

Deixou uma paixão irregular millhas atrás,

sem apego amou este amor sombrio.

É como diz a letra de uma canção antiga,

seis pneus cheios e um coração vazio.

Trás nos braços carga pesada e ainda,

nada leves seus problemas vão consigo.

Prestações nada suaves a lhe atormentar,

longe da terra sem mulher e abrigo.

Corta raso de norte a sul do país,

corta fronteiras, vendo muita gente.

Levando e trazendo cartas e cargas,

vai pela estrada, vive contente.

Encontrou triste no trecho morte alheia,

muitas vezes perigando evitou a dele.

Nas brumas assassinas e no tempo ruim,

entra com as orações que a mãe fez pra ele.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 21/07/2008
Reeditado em 19/04/2009
Código do texto: T1090209
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