Depoimento
Eu confesso
sou o pai
Concebi-o
num arroubo
de inspiração
A mãe
virginal
e branca
sequer
esboçou reação
Abri-a como quis
e
nela inseri
o que queria
a dura ponta
of my pen
riscava-lhe a polpa
O esperma azul
of my pen
fecundou o óvulo
da branca virginal
e o poema nasceu!
E cresceu
na branca
folha virgem
Então
não nego
Eu, confesso:
Sou o pai!