Depoimento

Eu confesso

sou o pai

Concebi-o

num arroubo

de inspiração

A mãe

virginal

e branca

sequer

esboçou reação

Abri-a como quis

e

nela inseri

o que queria

a dura ponta

of my pen

riscava-lhe a polpa

O esperma azul

of my pen

fecundou o óvulo

da branca virginal

e o poema nasceu!

E cresceu

na branca

folha virgem

Então

não nego

Eu, confesso:

Sou o pai!

Bhall Marcos
Enviado por Bhall Marcos em 20/07/2008
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