UM FIO DE CABELO
Querida, dá-me um fio de cabelo
Dessa tua formosa e astral madeixa,
Que eu vou guardá-lo e tão bem defendê-lo,
E de ti nunca, nunca guardar queixa!
Quero também um brilho desse olhar
E um pouquinho de teu doce sorriso,
Para guardá-los dentro de um altar
Do rubro coração... Que paraíso!
Dá-me um pingo de tua inteligência,
Para ativar os meus finais neurônios,
E uma colher de tua complacência
Pra acabar com problemas e demônios.
Dessa tua brilhante luz e glória
Quero também um raio e inspiração
Para quando eu morrer, ficar na história:
O poeta morreu... Foi de paixão.