EXTRATO

Sinto saudades!

Uma saudade própria,

Latejante,

Quente e profunda,

Que me escapa aos borbotões.

Uma saudade que fala,

Devassa-me os cantos,

Rasga dimensões,

Cega meus olhos,

Sufoca-me os sentidos,

Deixando-me o cérebro confuso,

Inerte,

Insandecido.

E no entanto,

Estou consciente,

E sinto agigantar-se em mim

Uma interminável

Vontade de viver.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 19/07/2008
Reeditado em 23/07/2008
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