VINHEDO
Caminhei entre as vinhas ressequidas;
sem calor, vi-me só, sem proteção.
Padeci desencontros vi partidas
E não sei, minhas dores, onde irão...
Percorri velhos campos de trigais
E amassei com meus pés as hastes frágeis.
Hoje eu sei, já não quero andar, não mais.
Ah! quem dera eu tivesse as asas ágeis
De um condor, a planar, subir alturas;
Pesistente, voar como andorinha;
Ir tão longe, alcançar céu, tal e qual.
Ter talvez o fervor das almas puras,
Exalar a doçura, como a minha
Uva roxa, num pé do meu quintal.
Caminhei entre as vinhas ressequidas;
sem calor, vi-me só, sem proteção.
Padeci desencontros vi partidas
E não sei, minhas dores, onde irão...
Percorri velhos campos de trigais
E amassei com meus pés as hastes frágeis.
Hoje eu sei, já não quero andar, não mais.
Ah! quem dera eu tivesse as asas ágeis
De um condor, a planar, subir alturas;
Pesistente, voar como andorinha;
Ir tão longe, alcançar céu, tal e qual.
Ter talvez o fervor das almas puras,
Exalar a doçura, como a minha
Uva roxa, num pé do meu quintal.