EVIDÊNCIA

No silêncio,

Lamentos tardios

E escusas do que se foi.

O cérebro confunde

Os desejos esquecidos.

O tempo está parado,

O vento não encanta,

Como outrora,

Porque as flores

Já não exalam perfumes.

Não há espera...

Ela não é necessária.

Os dias são normais.

O querer se foi

Com o entardecer

Das chuvas de março.

Mesmo assim,

Eu sinto frio.

Tudo está tão só.

No silêncio,

As respostas de perguntas

Feitas ao NADA.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 18/07/2008
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