CARÊNCIAS

E me vejo criança

triste, acuada,

indefesa, assustada,

no mundo perdida,

a espera de alguém

que num instante breve,

em seu colo me leve

e me faça dormir

num certo aconchego

de carinho e compreensão

que nunca tive...

Nunca fui livre,

não encontrei

o que procurei,

inútil esperança,

sonho de criança,

quase tudo se foi,

ficou um sorriso

que disfarça a tristeza

e esconde a verdade:

não tenho quem amo...

SUELY RIBELLA
Enviado por SUELY RIBELLA em 17/07/2008
Reeditado em 30/05/2009
Código do texto: T1085537
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