CARNAVAL

Longe, muito longe esse amor, afigura-se-me

O amor como algo tocante da aventura de agora

Ao falar sobre ele a adversidade corroi-me

E não falar nego a melindre de outrora.

Sua mais terna vontade de viver adocica-me

Todo o tempo desperdiçado dói nessa hora

Cada contato lembrado afável sensação traz-me

Um querer do próprio querer da clara aurora.

E estamos quase sempre indo embora, ela vai

E eu fico, enquanto apressado vai-se o tempo

Para o grande apogeu desejo que de mim não sai

De retorno toda a vida o amor não egocêntrico

Mas quieta ela sabe, e eu sei também quieto

Que quando um fica o outro vai a reanimá-lo.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 06/02/2006
Reeditado em 07/02/2006
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