Quebra-cabeça

Carrega, meus versos,

um ar de desespero

como quem, demasiado, anda

buscando respostas e fins.

De todos os sonhos

dos doces aos perversos

Prefiro os que cantam

chorosos assim:

Respostas são fúteis, sem graça

Diz, meu niilismo, a mim mesmo

Da glória à desgraça

Viva-te, e só por diversão

Brinque com este quebra-cabeça

a esmo.