Desprezo!

Porque me fizestes sólido

A ponto de me quebrar?

Porque não me fizestes líquido para saboreares?

Ou mesmo gasoso para que te exalasse perfumes?

Porque?

Onde me esqueci que eras escrava de tanta maldade?

Porque de nuvens fizestes somente raios e vendavais?

Desnuda da tua voraz inocência,

Diverte em quebrar sonhos, desejos e purezas.

Mas a cada lágrima que fizestes derramar,

A cada coração ferido,

Há de se transformar os três estados em apenas um!

A tua solidão!