Para Sempre

Vamos colher nos jardins as ondas circulares da memória. Recito a imagem do teu rosto, as palavras que dissemos comovidos no patamar último do desejo. Esses dias de emoções ígneas com a litania dos lábios no horizonte. Onde vamos beber a sede que nasce nas fontes delirantes da manhã? Digo-te sob um relâmpago contínuo: deixa o lume submerso consumir o nosso corpo – para sempre.