Nosso Paraíso
Era noite de primavera,
Ali sentados naquela areia fina,
Olhando as cores da lua,
Eu, e a minha menina,
Ouvindo a música do mar,
Que embalava nossos beijos,
Fluíam na pele o desejo,
De sempre e sempre te amar,
As ondas dançavam na imensidão,
Brincavam de aproximar da gente,
Deixavam a espuma como um lençol branco,
Para nos acalentar,
Fugiam a passos lentos sem que percebêssemos,
Pois, nós ali, namorados e sedentos,
Fomos interrompidos pelo silêncio da praia,
Que após um tempo,
Apaixonados e atentos,
Queríamos não deixar o tempo passar.
Nus, até a areia insistia em nossa pele colar,
Pelo suor? Medo da solidão? Quem possa imaginar?
Assim, a noite galopava com a brisa,
Procurando o berço das serras para se deitar,
Ela sorria, pedia para te beijar,
Logo, eu não hesitava e atendia,
O nosso romance reiniciava,
Era só tocar,
E deslizando naquela areia fina feito serpente,
Ficamos grudados em nossos planos,
Como ninguém não nos encontrou,
Acordamos em plena luz do dia,
Tomamos um banho na água salgada e fria,
Que descolou vagarosamente,
Os minúsculos pedaços de areia vadia dos nossos corpos,
Depois de uma noite intensa de amor e risos,
Desenhamos naquele lugar,
Nosso paraíso.