Poema para um Amor – XI
Deambula a nostalgia
Estendida sobre o cair da tarde
O olhar a desafiar o infinito
Ignorando a razão e o desatino
Céu e precipício agasalhando-me o peito
No coração, o nublado do dia
Suspenso entre o sonho e a dor
A ausência abraçando o vazio
E este amor invisível aos olhos teus
Calando-me na imensidão da tua falta
Não existem palavras possíveis
Quando me refugio em tua saudade
Em meio ao imperativo do desejo
Que se deita em meus lábios
É a memória dos teus beijos
Que descobre o silêncio da minha boca
© Fernanda Guimarães
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