FILHO DO BRASIL

A gente toma uma pinga

No planalto ou na cantina

Todo mundo fala mal

Vem gente até do estrangeiro

Fazendo o maior pampeiro

Só para vender jornal.

Eu só tomei um gole

Não fiquei de porre,

Queria apenas provar

O produto brasileiro

Fabricado o ano inteiro

Para ao mundo exportar

Estava com um copo na mão

Era suco de limão

Mais isto ninguém sabia

Fizeram um alvoroço

Da manhã até o almoço

Pra saber o que eu bebia

Tentei expulsar o moço

Que fizera o alvoroço

Me chamaram de mané

Esta gente da esplanada

Não se contenta com nada

Reclama até do boné.

Quando inaugurei usinas,

Indústrias e oficinas,

Todos queriam mais.

Só porque molhei o bico

Jogando bola com Nico

Dizem que sou incapaz.

Andei por toda a Europa

Levando a minha tropa

Assistido os filhos de Chico.

Era uma cópia pirata

Coisa de gente ingrata

E eu paguei este mico.

Quando cheguei a Odara

Tio SAM me elegeu “O CARA”

Deixando a ONU atônita

Depois fui para médio oriente

Convencer aquela gente

A não fazer a bomba atômica

Estive com os asiáticos,

Um povo muito simpático

E ao mesmo sempre sutil.

No dia nacional da preguiça

Tirei o trema da lingüiça

Virei “O Filho do Brasil”.

Poeta dos Mares
Enviado por Poeta dos Mares em 15/07/2008
Reeditado em 20/08/2012
Código do texto: T1080652
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