EIS O HOMEM
Divagando entre coração e razão,
Espreita o vasto mundo redondo.
Globo da morte, espetáculo vil,
Embotado de fumaça e solidão.
Chaminés de estupidez e fuligem
Desenham nuvens envenenadas.
Triste inteligência humana!
Que nasce do poder e da vertigem.
Há de perdoá-lo o ínfimo inseto.
Pela insensatez do genocídio,
E a devassidão da vida;
Pelo desmonte tão completo!
Ah! Humana sabedoria,
Embalada pelo desvario
De apenas ter; sem sequer ser...
Movido por tão triste agonia.
Eis o homem...