O RUFAR DOS TAMBORES
Estão tentando me afogar
Num lamaçal de intrigas
Não conseguem atinar
Que é uma batalha perdida
Pois eu aprendi a nadar
Em meio a águas inimigas
Quantos lodaçais ousei atravessar
Nessa minha atribulada vida?
Não se nada contra a maré
Solta-se e se deixa levar
Até do fundo tomar pé
E então poder caminhar
Ter domínio do contender
É ter noção de quando recuar
E se preparar para o embate
No momento certo de atacar.
Nessa luta não vou capitular
Nem avançar às cegas
Nesse intenso enlamear
Das maquinações piegas
Que venha o matraquear
Estou pronto para a refrega
De surpresa não vão me apanhar
Também tenho estratégias.