Elegia à poesia*

Ela é uma mulher sublime

Deixou de ser tida perigosa

Posto que não é mais crime

quando tem prazer e goza

Não se pode mais que amá-la

deixar exposto e disposto

de exemplo, sinal do tempo

Que é pessoa inteira até por lei

Não desista de querê-la por isso

ela renasceu e rebrotou rosa

Vezes sem conta ressuscitou

tantas, que refez a história

Nada mais teme quando goza

absoluta, íntegra e prazerosa.

(*releitura do poema de Bruna Lombardi, Elogio do pecado)