LIBERDADE
A liberdade reside no teu ser,
Íngreme, majestoso penhasco!
Sou um nada, um fiasco...
Contemplativo, como soi acontecer.
Sobre mim fustiga a tempestade...
Rebento espasmódico interior...
Que, da fragância mágica da flor,
Deseja alçar-se à Divindade...
O estro, sei, suspira o barroco,
E a metáfora esconde o dilema.
O verso circunscreve um sistema,
Um tropo puritanamente oco.
Amiga, as vagas inquietas
Fustigam a alma, e a alma
Altivamente não se acalma.
Fluem e refluem no peito dos poetas!