Das cigarras, uma invasão
elisasantos
Tal exímio musicista, troco a flauta
pela cítara e o dó sempre menor
dá lugar ao sol sem ré na canção
falo de fé e na partitura risco o si
...Tão logo o ritmo persista negar-me
allegros e que as vistas reluzentes
às sombras possam declinar, o fá
nega o enfado e o tempo nublado...
Faz chover sons prateados, recebo
Lizt em meus bordados, notas leves
de cantatas dão as mãos em passeata
Campos verdes invadidos por cigarras,
cantam um ocaso de esperança, num
vôo de borboletas, encantadas sobre
trevos: Acordes! De um outonal cantar!