A meu poeta/ irmão, Fernando . 


NA ALMA DO
POETA
  (Série Personagem n. 6)
                  **

Todas as gentes, lá, me chamavam de Fernando,
pois era assim mesmo que, acolá, fora batizado.
Todavia, conforme fui crescendo e a tudo vendo
uma grande solidão nasceu-me... me consumia
e que nunca ninguém preenchia, abrandava, via.
Na tristeza de minha alma confusa e sonhadora,
ainda que, ao mesmo tempo, amarga e realista,
precisei me subdividir - repartir-me para resistir

(para existir) e criei, sim, muitos outros de mim!

Assim fui um certo Alberto...Álvaro...fui Ricardo,

também fui só o Pessoa:  branco ou preto, pardo.
Fui marujo... pastor... trovador... fui até um bardo.
Cantei o Tejo, o mar, bela Lisboa; cantei até à toa.
Chorei as águas, as flores e, ao mundo, teci loas.
Fui ao fundo, mas não soçobrei - eu voltei à tona.
Não fui rico, não tive dona e nem muitos amigos;
fiquei sozinho, sempre aqui comigo, tão perdido!
Entretanto, que espanto! hoje eu sou o preferido
e milhares de pessoas me admiram 
mundo afora:
*
Ah, se
tudo isso tivesse sido enquanto eu vivo!...


***
Poema/personagem escrito por Silvia Regina Costa Lima
12 de julho de 2008









DEDICADO A TODOS OS POETAS DO RECANTO









Olha só, eu não conseguirei explicar esse poeta MARAVILHOSO mais do que fiz nessa poesia (que saiu de dentro, muito de dentro de mim) - esse poeta que amo, amo muito, porque eu esgotei toda minha emoção assim ao fazê-la.
Então deixo sua biografia para outra pessoa colocar.




 


SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 13/07/2008
Reeditado em 28/06/2023
Código do texto: T1078520
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