Frustrou-me!

Frustrou-me!

Esperou e não conseguiu

Sentiu que faltava sentido

Tudo que fala não diz muito

Ouve a florzinha, de quem não costumo falar,

Ela diz por si!

Não espera que exista doce de vida

na ausência do amor

somente porque existe doce de vida

na ausência do amor.

Desconto e deixo a desejar

justamente por desejar de mais

o que não convém.

não amar!

não falar!

Gosto da florzinha que tanto não fala.

Flor murcha e despetalada,

sem cor e sem muita vida.

Esta que não reage de jeito irônico

e jamais flores de plástico substituíram,

porque, como andam dizendo por ai:

“As flores de plástico não morrem”

isto porque não vivem.

Estrelas são flores evoluídas,

aquelas superiores e portanto brilham,

roubam o sublime

podem falar (não dizem muito).

Falo bastante,

não explico nada,

na verdade flui e não existe,

Não a como controlar o futuro.

A sempre o desejo e logo passado.

Dizem que não existe presente, já concordei,

E completo: não existe presente nem futuro.

Inseparável é o passado mutável.

Todos vivem de museu,

“museu de grandes novidade”

E sabemos, é não sabemos (isto esperamos)

Ela (flor) que aspira morte e por tal vive

Diga, somente sem falar,

o que se deve esperar do vazio

que não se deve deixar?

Curto sua morte perfeita

e que não assusta.

Você diz e não enrola falando.

Não são culpados os humanos,

nos pensamos e isso impede dizer,

se “Pensar é Transgredir”...

ouve a florzinha de quem falo.

Luciana Brites
Enviado por Luciana Brites em 04/02/2006
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