POEMAS QUE CHORAM

Alguns poemas meus

Costumam chorar

Quando eu os leio

São uns pobres-diabos

Incompreendidos, manipulados

Sofridos, maltratados

Reprimidos, revoltados

Sensíveis e tristes

Como aquele cara ali

Cabisbaixo, sentado na calçada

Quem sabe o que vai dentro dele?

Quem sabe o que vai dentro do poema?

O que se vê é uma pequena parte

Às vezes só se vê o choro.