Partidas divididas!

Ter o olhar a vagar neste vasto

Feito infinito e vasto mar

Ter o peito sôfrego e dolorido

O contra-gosto tão amargo, fel...

Síndromes de uma ajuda perdida

Pelo tempo que tudo se afasta

Tempos malucos para vergas profundas

Mãos carentes de mais afagos

Vícios adquiridos de outrora

Quando a paz reinava em meio as suas coxas

A tranca soterra o fervor feito lamento

Dita um tom mais grave na cálida voz

Ingerências por todos os lados

Aflições ganhando proporções dantescas

Na sorte madrasta do exílio sem cela

Rondas solitárias pelos cantos da casa

Velas caídas, mastros em reforma...

A nau tem que esperar melhores dias

A Ilha se esvazia em seus recursos

Água por todos os lados, viração & pretextos...

Na soma dos conflitos, erros obscuros,

Tendências libertinas na gula latina

Sem ter o toque que a pele necessita

Quebrando ritos, afoitos destinos...

Saber nem tem mais tanta importância

Complexos são os caminhos agora

Transfigurações impõem o vil metal

Na esfera que o viver se aglutina

Paredes suspensas para velhos piratas

Portas trancadas sem audiência

Procuras em velhos arquivos, novos tesouros...

Silêncio cobrindo a madrugada,

Do beijo um trato amaro, rosto fincado...

Mais uma lágrima escapando com a solidão

A mão que toma a pena e mira o vermelho

Rege um pedido, uma prece, um apelo...

Que a vida lhe seja mais leve...

Quanto tempo ainda para se ter bons ventos? A nau ainda espera no Porto!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 03/02/2006
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