A Regra Sem Opção

A Regra Sem Opção

Passas por mim a espaços,

Como a lembrar, ou a sorrir de soslaio,

Quanto fugazes são os abraços,

Quantas vezes me vences,

E a recordar que o infalível, quebra,

Que a opção, deixou de o ser,

E a tua vontade é uma regra.

Já te chamaram a doce opção,

Outros, o infortúnio e a traição;

Eu, olho para ti resignado,

E como tens passado várias vezes a meu lado,

Aprendi a ter-te presente,

Uma sombra que me vai lembrando a realidade,

Que me afasta do frívolo, e me concentra na verdade.

Quando te aproximas para mostrar tua grandeza,

Baixo os braços, vencido na minha impotência,

E o meu olhar, desfaz-se num mar de ausência;

O risco do caminho fica curvo e tortuoso,

E a opção, fica um vai e vem, desalentado e vagaroso,

Um desfalecido sentir da tua presença,

E um querer lutar, mas resignar,

Perante uma sorte sem ciência,

Que dita a regra sem opinião,

Que aponta o dedo,

E determina o compasso do coração.

Nenúfar 8/7/2008

Nenúfar
Enviado por Nenúfar em 12/07/2008
Código do texto: T1077317
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