Por um triz.
Sou mais um que viu o mundo chegar até onde está.
Mais um que se perguntou 'onde é que isso tudo vai parar?'
Mais um que, com seus botões, se colocou a imaginar:
No estado em que tudo está, ainda me resta realmente a esperança de sonhar?
Mais um que, de longe, viu o grande monstro se criar.
Sou mais um que se perdeu
E que se arrependeu.
Das escolhas que fez,
do passado burguês,
do utopismo freguês.
E você me pergunta quem sou eu?
Eu sou só mais um você que nunca soube o que quis,
e querer, convenhamos, é coisa tão pequena,
que por sorte não sou você por um triz.