Liberdade

A liberdade que andava restrita

Agora anda meio esquisita

Querendo seu vôo alçar.

Embarcando nas proezas do vento

Cavalga as fronteiras da percepção

Muito além da imagem em ação.

Para não haver mais engodo

Para não ficar presa ao chão.

Rastreia as áreas perdidas da alma

Esquecidas num lapso espontâneo.

Espreita as várzeas da mente

Em sua riqueza imponente

Num foco isolado de indagação.

Liberdade que varre o alto dos sonhos

Nas tempestades do lixo escondido

Lançado nas asas do esquecimento.

Um acesso ao espaço contemporâneo

Alada ao lado do tempo.

Da eternidade fez o momento

Para acolher meu destino

Sempre oculto tal qual um clandestino.

Que embarca nas luzes inebriantes

Do infinito velejar!