Paz (Sextina III)
Obs.
Para facilitar o entendimento, deixo os números que indicam a evolução das rimas, montadas ao estilo de Camões.
(1) O trabalho que se aplica na paz
(2) vem da fonte inesgotável do amor,
(3) dos que sabem o que faz c’o perdão.
(4) Pra quem vive sempre à busca da luz
(5) e persiste no caminho do céu,
(6) logo tem o seu encontro com Deus.
(6) O caminho de quem olha pra Deus
(1) é uma senda recoberta de paz.
(5) Uma estrada que termina no céu,
(2) onde brota toda a fonte do amor,
(4) que tem brilho bem mais forte que a luz
(3) pra que o homem possa ver o perdão.
(3) O sentido que se aplica ao perdão
(6) sob os olhos tão sublimes de Deus
(4) não se iguala à intensidade da luz,
(1) nem do sol. E isso é fruto da paz
(2) de quem sabe se doar com amor
(5) Como anjos com suas vestes do céu.
(5) E não há lugar melhor do que o céu,
(3) onde tudo se resume ao perdão,
(2) neste passo em que começa o amor
(6) e só aponta para onde está Deus.
(1) Essa é a mostra tão perfeita da paz.
(4) É o brilho mais intenso da luz.
(4) Não há trevas no lugar em que há luz.
(5) Isso dá uma vaga idéia do céu.
(1) É uma mostra da grandeza da paz,
(3) Exercício que se faz com o perdão.
(6) É a menina que há nos olhos de Deus...
(2) Simbiose (mais perfeita) do amor.
(2) Mas não basta discursar sobre o amor
(4) Se não há no coração toda luz
(6) Que dá prova da existência de Deus.
(5) É preciso ter na Terra esse céu.
(3) Estampar sempre no rosto, o perdão
(1) e manter-se nessa busca da paz.
(1) (2) Se o caminho para a paz é o amor
(3) (4) O plantio do perdão gera a luz
(5) (6) Que ilumina... Aponta o céu... Mostra Deus.