Sem se render

E mais uma vez então

De tudo o que se fez

Não houve mais perdão

Não teve uma segunda vez

Nada além de um simples 'não'.

Se levantou feito um refém

As costas virou para a escuridão

Desabou e se desfez.

Levantou-se,

Porém fez do passado a sua prisão

Se ergueu, compreendeu

Que o que fizesse seria em vão.

De um beijo não se esqueceu

Mesmo que lhe apertasse o coração

E mais uma vez

Era só saudade então.

Talvez ele não viva para entender

Precise morrer para esquecer

E chore sem se render

Talvez mesmo ele se entregue sem perceber

Que mais uma vez

Era só felicidade então

Olhos clementes procuravam

Por respostas, descrentes, e rezavam

Mesmo sendo tão ausentes, insistiam, procuravam

Pediam sem suborno,

Sem encanto, sem encontro

e sem retorno.

E mais uma vez então

Seus dias eram de solidão.

E então chorando sem perceber,

Ele se entrega, mesmo que sem se render,

E vive para esquecer,

Morre sem entender

Que mais uma vez então

fora feliz sem nem saber.

Lucas Sidrim
Enviado por Lucas Sidrim em 09/07/2008
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