Poeta...
”A resposta fez-se necessária.”
Não me denomino poeta, mas sinto que às vezes a poesia me transporta para um mundo paralelo ao meu, e me sinto tão a vontade nele, a ponto de querer fazer parte... Ficar assim, aquecida pelas sensações que brotam de minha alma e borbulham nas linhas que escrevo!
E assim, por vezes me chamo poeta...
E esse poeta tem o dom de afastar
As unanimidades sempre pouco lógicas
Pois o lúdico mora atrás da retina
É o que a rima nós encima.
O poeta enxergar além do imediato, do aparente.
A visão do poeta, é a meta da sensibilidade, do sol nascente.
É a sensação a flor da pele... O calor do sol chamando
Das entranhas da terra
O desabrochar de toda semente.
Ser poeta, é absorção do oxigênio mandando vida,
Através de uma escrita...
É o extrapolar do argumento amar... É sonhar!
É desnudar a alma e dar-se conhecer sem receio
Acalentando todas as emoções
Ser companheiro dos devaneios.
Ao poeta cabe o senso e o contra-senso
De delinear os sentimentos em linhas
Falar de felicidade, tristeza, mentiras, verdades...
Transferir dos sonhos as imagens
E fazer outros visualizarem, sentirem, tocarem...
Ser poeta, é sentir o poder de transcrever
O momento que a apoteose do pensamento
Tende a ser atento ao verso
E o papel em branco e a tinta
Faz a canção toma espaço no ato da escrita
E o poeta, seu sentimento grita
Inibido, explicito ou atrevido...
O poeta vibra em cada traço, em cada vírgula.
Ao poeta se permite a liberdade
De estar convencional ou liberal,
Emotivo ou deprimido...
Erótico, sensual... Espiritual
Simplesmente um mortal
Que relata o seu sofrer, o seu querer
O estado do seu ser.
O poeta perambula errante
Em tantas, emoções
Por vezes do seu âmago tão distante
Mas próximo, muito próximo
De sua empática sensibilidade.
Para os poetas, os mundos não têm fronteiras
Na verdade, ao poeta é permitido voar sem restrições
Correr riscos no descarrilar dos trilhos da ilusão
Desafiar a gravidade
Mesmo que suas asas
Tenham as penas presas com cera...
O poeta é louco, voa em direção ao sol
E sua queda livre é em direção a realidade
E sair se chocando com as emoções alheias,
Sem nenhuma proteção
Pois só veste a sensação, a paixão
Brigado que é com a razão.
O poeta se veste de acordo com o espetáculo
Encarnando o personagem,
Assumindo qualquer imagem
Mágica serenidade,
Creio que escrever,
Para o poeta é viver!