SENTIMENTO INCÓLUME

O sentimento,

Guardião do tempo,

Ainda está incólume

Na cela do peito.

Um gosto de saudade

Impregna a vida.

A solidão se faz!

Paira no ar a indiferença.

Parece desconhecido o lugar,

Ermo, esquisito, sombrio...

E a casa está vazia

A sangrar um silêncio doentio,

Um tédio ambulante

Que mata a fantasia.

Fecham-se portas e janelas.

Quebra-se o encanto.

Fragmentada,

A emoção escapa,

Plangendo os cantos da alma

Onde,

As sombras encolhidas

Se entreolham estáticas

No sarcasmo do tempo.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 08/07/2008
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