PEDRA FILOSOFAL.
Minhas narinhas alérgicas
Não agüentam mais
Meus olhos míopes
Estão doendo
Minha voz rouca
Já falou demais
Meu corpo vai definhando
Desgastado com tudo.
Mas, algo inusitado ocorre em mim
Uma regeneração bacteriana
Multiplicando as forças
Quando sento-me a escrever.
Bem dito meus pais
Dentre os demais
Que alfabetizaram a mim,
Instrumentalizando este corpo débil
Com a "pedra filosofal",
Meu elixir da longa vida:
A consciência da eterna ignorância
Que me faz constante
Na busca por aprender.
Por conta disto,
A cada ano sou mais menino.
A cada ano vou "crescer".