NO MEIO DO MATO
QUANDO ESTOU NO MEIO DO MATO,
ME SINTO A VONTADE DE FATO,
NINGUEM ME FAZ PAGAR O PATO,
NEM PRESENCIO ASSASSINATO.
NÃO EXISTE CARO NEM BARATO,
NEM PREÇO JUSTO OU EXATO.
SÓ CHÃO MACIO SOB O SAPATO.
COMO É CALMO ESSE MATO.
NA MATA O VERDE E UM RETRATO,
COM RARA BELEZA QUE EU RELATO,
SINTO A PRESENÇA DO CARRAPATO.
QUE POR ALÍ É O ÚNICO CHATO.
NO MEIO URBANO SOU MAIS UM RATO,
COM GARRAS AFIADAS O SISTEMA E UM GATO.
E SE NÃO LEVO A VIDA DE UM MODO SENSATO.
ENTÃO TENHO UM PREÇO A PAGAR NO ATO.