Poeta das Flores
Invado a natureza dos sonhos,
Em cada lembrança, em cada dia renovado,
Percebo-me, entre perdas e ganhos,
Alimento a fome, de quem me foi confiado...
Sou um pássaro na gaiola,
Que canta solitário,
Melodias que invadem o mundo, por aí a fora,
Sou a semente que brota, o sêmen fecundário...
Sou brisa, sou orvalho,
Sou encontro no crepúsculo, amor na madrugada,
Sou a calçada que virou rua, a rua que virou casa,
Sou poeta da flores, do meu mundo, sou escravo...
E nas corredeiras desse imenso álbum,
Transporto-me apaixonado,
Sobre os trâmites legais desse fórum,
A base do meu legado...