Já dizia Rimbaud...

Li e reli poemas

Sei bem o que dizem

E percebo por fim

Que não é bem assim

O poeta não quer

Dizer o que pode acontecer

Deixou de lado

A luta entre o arado e a pena

Que pena digo

A mão que segura o arado

Vale tanto quanto

A que segura a pena

(Já dizia Rimbaud).

Para escrever o poema

Não somos nem melhor

Nem pior

Somos humanos

Temos algum privilegio

Este é o de saber

Tivemos oportunidade

De aprender a ler e escrever

Mas isso, não nos torna melhor.

Ouço a voz do povo que diz

Do jeito que está

Não dá para continuar

É preciso mudar

E se ninguém provocar

A mudança não acontecerá

Quem está no poder quer ficar

Quem esta fora quer entrar

Tem que haver um choque

Mesmo não querendo

É preciso enfrentar

O mal de frente

O país é bom, a terra é boa.

Em se plantando, tudo dá.

Precisamos investir

Na educação na saúde

E no emprego

Mas investir, sem roubar.

Sem a demagogia de falar, por falar.

Precisamos acabar com a corrupção

Só assim, poderemos criar.

Um país decente para os filhos

Dos nossos filhos

Para uma nova geração

Com alguma opção de futuro

Do jeito que está é só jogar a lona

E deixar o circo continuar

Com suas palhaçadas

Em sendo assim nunca existirá

Um país de verdade

Quem puder mais chora menos

Enquanto tudo acabar em pizza

ABittar

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