teatro?

TE ATO

as palavras abrem-se

no coração da Língua

com alma de espanto!

num acto único e intenso

onde o que escrevo

é tudo que penso!

quero usar os meus três textos,

sem pressa, sem onde, na onda

onde o poema faz surf no jazz...

TE PRENDO?

não há ambição maior que a Liberdade

e só o Homem a constrói

e sabe destruir!

entro na emoção que me prende

à procura duma prenda

e nunca aprendo!...

TE AMO

amo-te de olhos fechados

sem ter um mote estranho

a teu corpo onde entranho

a poesia até às entranhas

quando falo com um cego

Édipo Rei dado às artes!...

TE REPRESENTO

te represento mímica

mimo de mim mesmo

sem ter palavras

para escrever o poema

onde te digo tudo

que é o meu amor: isto

Assim

{O Assim tentou deixar-me sem palavras, não me queixo... ou talvez, queixo? Não encosto o queixo às mãos, dou-as à escrita e dói saber... que não me posso queixar?

Foi agora mesmo e quis trazer, deixar, pôr aqui... as palavras quentes!}

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 01/02/2006
Reeditado em 01/02/2006
Código do texto: T106982