Vida sem expressão

É contagiante inventar o antídoto

E mais

Esconder a fórmula numa arca perdida

Muito bem perdida…

É misterioso suportar a dor

E mais

Abraçá-la sem saber dos resultados

Que sofreram os demais…

Sou o avesso que não dá certo

A grade que não aprisiona

Muito menos a voz que liberta

Sou o emblema da decadência…

Às vezes, me pego numa encruzilhada

Ao norte a morte

Ao sul a morte

A leste a morte

E a oeste a morte

Então, restam-me poucas opções...

O alimento ofertado com lágrimas

O suor que faz esquecer as derrotas

Nem pranto tampouco labor

Apenas a sentença do tempo…

Vida sem expressão

Inexistente para qualquer proveito…

É malicioso confundir os pensamentos

E mais

Soterrar todos os objetivos

Planos resgatados da mentira…

Minha vida não tem expressão

Camuflo os meus próprios ideais…

Sou assim

Ou seja, inexisto...