“Nobreza” e eu
Sem as luzes artificiais para combater o medo
E com o pânico instalado no meu ser
Recorro ao brilho natural das estrelas
Tantas estrelas de um céu aberto para os olhares.
O pensamento é mais rápido do que a vontade
E assim, a água se transforma em sangue
O botijão de gás explode em minhas mãos
O fruto cai da mão de um transgressor
O café queima os meus lábios inseguros…
O Cruzeiro do Sul me aponta o sul
Abre a minha mente para o sul
Jaraguá do Sul, Brusque, Blumenau
Café colonial e os olhos azuis de uma baiana
Florianópolis, Camburiu, Joinville…
O pensamento tem mais vontade do que o ser
Este ser que é escravo dos pensamentos
E estes pensamentos que são escravos das letras…
“Nobreza” é tão solitária quanto este ser
Pasta capim-gordura e eu como bolo de vinagre
Os nossos dentes rangem na solidão…
O pensamento e a solidão são irmãos gêmeos...