E o último suspiro

Fujo até da minha falta de ar

Deixo-a vagando martirizada pelos bueiros entupidos

Sensação mostrada por violinos fúnebres

Pânico autorizado por neurônios descontrolados.

Meus ouvidos ouvem a canção que detalha a morte

Compreendem o final da ópera

Não há mais luz

Não há mais nada

Retrato sem imagens, nem espelho

Moldura estilizada para os tempos modernos.

Semeio o terreno com grãos geneticamente mutáveis

Crio um embaraço ao me opor em aceitar

Não sou o vento, tampouco a calmaria

Nem rudimentar, nem complexo

Máquina que esgotou a bateria

Aquele que não traz benefícios aparentes, nem os palpáveis

Círculo vicioso e viciado.

Fujo até do meu último suspiro...