“Meu mundo e nada mais”

Devo fugir para exorcizar minhas virtudes

Deixar fechadas as portas que estão abertas

Inundar açudes com lágrimas perpétuas

Obedecer aos princípios básicos do anarquismo

Colaborar com os discípulos da seita “mente oca”

Afundar todos os barcos que passarem pelo canal

Deturpar as novidades que afloram na mídia

Sofrer calado para não animar os invejosos…

Devo regar as plantas de plástico da varanda de sua casa

Deixar transparecer que estou morto

Inundar o “Mar Vermelho” com corante preto

Obedecer às leis humanas para desviar a atenção

Colaborar com revistas e jornais esotéricos

Afundar as âncoras do ônibus espacial “Discovery”

Deturpar os comícios políticos na “Praça da Sé”

Sofrer ao ouvir o “Hino Nacional Brasileiro”…

Devo me infiltrar nos computadores do “Presidente da República”

Deixar vazar informações confidenciais da “Marinha Americana”

Inundar estômagos da censura com validade vencida

Obedecer sem máculas os gritos da “overdose”

Colaborar com o acréscimo do efeito estufa criando carneiros

Afundar a pedra que está no meu sapato

Deturpar as atitudes mais simples e mais puras

Sofrer em companhia dos deuses pagãos…

Eu

Apenas eu

Somente eu

Nem o mundo

Nem ninguém… Apenas eu...