O silêncio da solidão
Jogo-me quieto no silêncio da solidão
Não clamo desesperado por esta empreita
Arrastando-me por estas vias de isolamento…
Se avanço alguns passos adiante
Uma chuva infernal de desprezo me abate
Então, meus versos me socorrem deste infortúnio
E sei que neles haverei de me recolher…
Não choro as lágrimas de um ser ignorado
Estou certo dos sorrisos que me oferecem
Mas, tais gestos não suprem o meu reservatório
Há mais espaço para outros sentimentos…
Encaro a clausura não como dever
Sustento a firme idéia de buscá-la apenas por ausência
Não que desejo estar ausente
Mas por me sentir sem presença
Mesmo sabendo que me encontro em meio a tantos…
Jogo-me quieto no silêncio da solidão...