Vitrina apagada

Este ser que fingi fugir de todos os propósitos do amor

Que se se presume fechar num lirismo crônico

É abatido por outra espécie de melancolia

E tal fuga se faz desvendada

Na abertura de seus olhares que caminham para outros olhares

Que são teimosos em não percebê-lo…

Nisso, a saída se torna escancarada

E a figura da sensatez toma outros rumos

Mostra-se invadida e arrebatada

Por circunstâncias de desprezo e indiferença…

Claro está que continua a fingir

Porém, é sabedor dos fatos

Que o leva para abismos ainda mais profundos

Vitrina apagada, apenas isso...